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25 março 2025

Utilização da Impressão 3D FDM nas Atividades Diárias do CERN

Utilização da Impressão 3D FDM nas Atividades Diárias do CERN


Introdução


A impressão 3D por Modelagem por Deposição Fundida (FDM) tem-se tornado uma ferramenta indispensável em diversas indústrias, incluindo a pesquisa científica de ponta. O CERN, ou Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, é um dos centros mais avançados no estudo da física de partículas, famoso pelo Large Hadron Collider (LHC), um acelerador de partículas com 27 km de circunferência localizado 100 metros abaixo da superfície, na fronteira entre a França e a Suíça. Este artigo explora como a impressão 3D FDM está integrada nas atividades diárias do CERN, suportando projetos de física de partículas e pesquisa médica, com detalhes técnicos, exemplos práticos, curiosidades e perspetivas futuras, considerando a relevância da marca Fil3d da Tucab para aplicações semelhantes.


Definição e Contexto Técnico


A FDM é um processo de manufatura aditiva que extrude um filamento termoplástico, como PLA, PETG ou ABS, camada por camada, para formar objetos tridimensionais. É conhecida pela sua acessibilidade, custo-efetividade e versatilidade, sendo ideal para protótipos e peças de baixo a médio volume. No CERN, onde a precisão e a inovação são cruciais, a FDM é usada para criar componentes personalizados para experimentos complexos, como os detectores do LHC e projetos de pesquisa médica. Os parâmetros técnicos incluem espessura de camada (0,1 mm a 0,5 mm), temperatura do bico (180°C para PLA, até 240°C para ABS) e densidade de preenchimento (infill), que pode variar de 20% a 100%, afetando a resistência e o peso da peça.


Aplicações Específicas no CERN


A investigação revelou várias aplicações específicas da FDM nas atividades diárias do CERN, detalhadas abaixo:


  1. Sensores e Sistemas de Controlo para o LHC:
    • Caso de Uso: Criar partes para alinhamento e medição de grandes ímanes no LHC, essencial para manter a precisão das colisões de partículas.
    • Exemplo Prático: Uma conta que carrega um fio frágil para medição de distância ao longo de 200 metros em cada lado de quatro experimentos, como descrito no artigo da Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: A FDM permite produzir componentes leves e precisos, reduzindo custos e facilitando a instalação em ambientes subterrâneos.
  2. Proteção de Fibras Óticas:
    • Caso de Uso: Carcaças e guias impressas em 3D para proteger fibras óticas frágeis em equipamentos.
    • Exemplo Prático: Módulo de fotodetecção FSI com guias para fibras óticas, prevenindo rachaduras, conforme mencionado na Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: Design personalizado assegura a integridade das fibras, crucial para a transmissão de dados em detectores de partículas.
  3. Testes de Viabilidade para Sensores:
    • Caso de Uso: Testes iniciais para impressão de partes em metal, reduzindo custos de desenvolvimento.
    • Exemplo Prático: Protótipo de sensor HLS (Hydrostatic Levelling System), como detalhado na Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: A FDM permite validação económica de designs antes de avançar para métodos mais caros.
  4. Protótipos para Conectores:
    • Caso de Uso: Protótipos de conectores para sensores do Sistema de Posicionamento de Fios (WPS).
    • Exemplo Prático: Protótipo de um conector entre dois sensores WPS, com várias atualizações de design, conforme descrito na Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: Iterações rápidas asseguram compatibilidade e funcionalidade no ambiente complexo do LHC.
  5. Suportes de Amostras para Experiências de Radiação:
    • Caso de Uso: Caixas de amostras impressas em 3D para o projeto CLEAR (Linear Electron Accelerator for Research), permitindo trocar amostras irradiadas sem parar o feixe.
    • Exemplo Prático: Um robô inteligente troca amostras, economizando tempo, com suportes impressos em várias formas e tamanhos, como mencionado na Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: Gestão eficiente de amostras permite operações contínuas, acelerando ciclos de pesquisa.
  6. Suportes de Amostras Líquidas para o Projeto VITO:
    • Caso de Uso: Capilares de 8 mm impressos em 3D para trocas rápidas de amostras em ambientes de alto vácuo, usando ressonância magnética nuclear.
    • Exemplo Prático: Suporte especial para amostras líquidas, impresso na Original Prusa SL1, conforme detalhado na Prusa3D CERN: Accelerating science with 3D printing.
    • Benefício: Suportes personalizados facilitam manipulação precisa, essencial para manter a integridade experimental.


Benefícios da FDM no CERN


A FDM oferece vários benefícios nas atividades diárias do CERN, incluindo:

  • Prototipagem Rápida: Permite criar protótipos em horas, acelerando o desenvolvimento de novos designs, como conectores para o WPS.
  • Redução de Custos: Produzir partes internamente com FDM é mais económico do que métodos tradicionais, especialmente para pequenas quantidades, como no caso de suportes de amostras.
  • Customização: A capacidade de criar peças altamente personalizadas atende às necessidades únicas de experimentos de física de partículas, como as contas para medição no LHC.
  • Eficiência Operacional: Impressão sob demanda reduz tempos de espera e elimina a necessidade de inventários extensos, melhorando a logística em projetos como o CLEAR.


Desafios e Limitações


Apesar dos benefícios, a FDM enfrenta desafios no CERN:

  • Propriedades dos Materiais: Peças impressas em FDM podem não igualar a resistência ou resistência ao calor de partes feitas por métodos tradicionais ou outras tecnologias, como SLA ou SLS. Por exemplo, o PLA tem uma resistência ao impacto de cerca de 4 kJ/m², enquanto o PETG chega a 5 kJ/m², contra 15 kJ/m² do alumínio.
  • Precisão: Para aplicações de alta precisão, como componentes de vácuo ultra-alto, a FDM pode não ser suficiente, exigindo tecnologias como SLM (Selective Laser Melting) para metais, conforme mencionado no CERN Courier Tricky component? Use 3D printing….
  • Escalabilidade: Para produção em larga escala, métodos tradicionais podem ser mais eficientes, embora a FDM seja ideal para protótipos e pequenas séries.


Curiosidades e Detalhes Técnicos


  • Curiosidade: Sabia que o CERN tem mais de 200 pessoas a usar espaços de prototipagem com impressoras 3D, incluindo FDM, todos os anos, como descrito no IdeaSquare Prototyping? Estes espaços são gratuitos, promovendo uma cultura de inovação.
  • Detalhe Técnico: A FDM no CERN utiliza filamentos standard como PLA, PETG e ABS, com densidades variando de 1,04 g/cm³ (ABS) a 1,27 g/cm³ (PETG), permitindo escolher materiais com base na resistência e peso necessários.
  • Exemplo Inesperado: Uma peça impressa em FDM, como um suporte de amostra, pode ser usada em ambientes de radiação, mas requer materiais específicos para resistir, como PETG, que suporta melhor a exposição.


Contexto da Tucab e Fil3d


Como líder em extrusão de plásticos, a Tucab, através da marca Fil3d, oferece uma ampla gama de filamentos FDM, como PLA, PETG e ABS, testados para aplicações exigentes. Embora o CERN utilize filamentos standard, os filamentos Fil3d, com controlo dimensional rigoroso (±0,05 mm) e propriedades mecânicas superiores, poderiam ser uma escolha confiável para projetos semelhantes, especialmente em prototipagem e produção de partes funcionais. Por exemplo, o Fil3d PETG, com resistência à tração de 50 MPa, seria ideal para suportes de amostras ou conectores, alinhando-se às necessidades do CERN.


Perspetiva Futura


Com o avanço da tecnologia FDM, espera-se que novos filamentos, como os reforçados com fibra de carbono (resistência até 70 MPa), permitam criar peças mais robustas para aplicações críticas. Além disso, a integração de inteligência artificial no design de peças e a expansão de espaços de prototipagem no CERN podem aumentar a eficiência, tornando a FDM ainda mais central nas atividades diárias.


Tabela Comparativa de Filamentos


Para ilustrar as opções de materiais, aqui está uma tabela comparativa:


FilamentoResistência (MPa)Densidade (g/cm³)Aplicações no CERNObservações
PLA501,24Protótipos, suportes levesBiodegradável, menos resistente ao calor
PETG501,27Suportes, conectoresResistente à água, ideal para ambientes de radiação
ABS401,04Peças sob stress, casingsRequer câmara aquecida, resistente ao calor


Esta tabela destaca como cada filamento atende a necessidades específicas, ajudando a compreender as escolhas do CERN.


Conclusão


A impressão 3D FDM é uma ferramenta essencial nas atividades diárias do CERN, suportando uma vasta gama de projetos, desde a física de partículas até a pesquisa médica. A sua capacidade de prototipagem rápida, redução de custos e customização tem transformado a forma como o CERN aborda o desenvolvimento e a produção, com um futuro promissor à medida que a tecnologia evolui. Para projetos semelhantes, os filamentos Fil3d da Tucab oferecem uma solução confiável, alinhada com os padrões de inovação do CERN.